Segundo o órgão, somente famílias em situação de vulnerabilidade passarão a receber os kits e não mais os 10 mil alunos
A Prefeitura de Vinhedo anunciou na tarde de terça-feira, 25, que as cestas básicas que estavam sendo destinadas às famílias de alunos matriculados na Rede Municipal de Ensino serão destinadas somente para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
As cerca de 2.500 famílias inscritas no Cadastro Único com renda per capita de até meio salário mínimo – R$ 522,00 – que, em sua composição possuam crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, e também beneficiárias do BPC – Benefício de Prestação Continuada, serão o foco do trabalho deste trabalho, voltado à segurança alimentar dos munícipes. Famílias que estiverem passando por dificuldades e não se encaixarem neste perfil, devem procurar o Fundo Social de Solidariedade.
“Somente na área da Educação, já realizamos a aquisição de praticamente 30 mil cestas básicas, sem contar os kits de hortifrúti, beneficiando todos os alunos e seus familiares no momento em que eles mais necessitaram. Esta ação não levou em consideração apenas a situação econômica, já que todos tiveram direito. Porém, a partir de agora o foco serão as famílias em situação de vulnerabilidade social. Não deixaremos nenhuma família necessitada sem assistência”, informou o prefeito Jaime Cruz (PSDB).
A distribuição das cestas básicas ocorreu nos meses de maio, junho e julho e neste mês de agosto houve a entrega do kit hortifrúti. Segundo o órgão, a ação voltada a todos os mais de 10 mil alunos da Rede Municipal de Ensino se mostrou eficaz enquanto a cidade ainda estava nas fases Vermelha (quando era permitido somente o funcionamento de atividades essenciais), e Laranja (com abertura de alguns comércios e serviços, porém, com diversas restrições), uma vez que milhares de famílias ficaram durante esse período sem renda ou com a renda prejudicada.
Foram adquiridas 29.870 cestas básicas e 10.276 kits de hortifruti, com investimento total de R$ 2.858.012,24. Em paralelo, a Prefeitura seguiu com a distribuição de cestas básicas também pela Secretaria de Assistência Social, quando a média passou de 80 unidades (antes do início da pandemia) para 800 unidades por mês.
A Prefeitura justifica o corte pela elevação dos preços. Na primeira remessa, a Secretaria de Educação pagou R$ 62,25 por unidade, sendo que na terceira remessa esse valor foi a R$ 99,90. Esse aumento ocorreu não somente pelo incremento de novos itens, como 2kg de leite em pó, mas também pela oscilação de valores.
Conforme explicou a secretária da Fazenda, Deise Serafim, as despesas mensais já estavam praticamente 100% maiores do que o custo total com o preparo e distribuição da alimentação escolar antes da suspensão das aulas. “Logicamente que, se fosse da nossa vontade, seguiríamos distribuindo as cestas básicas a todos os estudantes, mas temos um novo cenário e, obviamente, também uma limitação financeira. Temos de tomar uma decisão e, pelos números que me foram apresentados, a partir de agora esse trabalho será voltado às famílias com maior vulnerabilidade social. Já disse e volto a repetir: nenhuma família vai passar fome em Vinhedo”, concluiu o prefeito Jaime Cruz.
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